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Cartórios de Codó registram 1º semestre com mais óbitos e nascimentos da história

Indo na contramão do Estado, Codó apresenta crescimento no número de óbitos e também de nascimentos no primeiro semestre

A pandemia da Covid-19 vem causando um profundo impacto nas estatísticas vitais da população maranhense. Além das mais de 154 vítimas fatais atingidas pela doença, o novo coronavírus vem alterando a demografia de uma forma nunca vista desde o início da série histórica dos dados estatísticos dos Cartórios de Registro Civil de Codó em 2003.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

Em números absolutos os Cartórios do município de Codó registraram 319 óbitos até o final do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 102,1% maior que a média histórica de óbitos no estado, e 25,59% maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses na região. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 39,91%.

Com relação aos nascimentos, Codó registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho foram registrados 984 nascimentos, número 3% maior que a média de nascidos no município desde 2003, e 30,5% maior que no ano passado. Com relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos subiu 11,56% no Maranhão.

O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no estado, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 798 nascimentos a mais, caiu para apenas 665 em 2021, uma redução de 16,6% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, ocorreu um aumento de 33%, e em relação a 2019 foi de 1,8%.

Natalidade e Casamentos

Embora não seja a regra, a série histórica do Registro Civil demonstra que o aumento no número de casamentos está diretamente ligado ao aumento da taxa de natalidade em Codó, o que deve fazer com que os nascimentos ainda demorem um pouco a serem retomados, já que no primeiro semestre de 2021 o estado registrou o sexto menor número de casamentos desde o início da série histórica.

Embora 35,6% menor que a média histórica de casamentos no primeiro semestre na região, o número de matrimônios em 2021 mostra uma pequena recuperação em relação às celebrações do ano passado, fortemente impactadas pela chegada da pandemia que adiou cerimônias civis em virtude dos protocolos de higiene necessários à contenção da doença. Até junho deste ano os Cartórios celebraram 72 casamentos civis, número 2,7% menor que os 74 matrimônios realizados no ano passado, mas ainda 33,3% menor que os 108 casamentos celebrados em 2019.

Números no Maranhão

Os Cartórios do Maranhão registraram 17.381 óbitos até o final do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 51,8% maior que a média histórica de óbitos no estado, e 16,2% maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses no Maranhão. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 26,7%.

Em relação aos nascimentos, o Estado registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho foram registrados 47.941 nascimentos, número 10,6% menor que a média de nascidos no estado desde 2003, e 10,5% menor que no ano passado. Com relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 12,8% no Maranhão.

Na comparação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no estado, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 42.201 mil nascimentos a mais, caiu para apenas 30.560 mil em 2021, uma redução de 27,6% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 7,5%, e em relação a 2019 foi de 26%.

O Estado também apresentou queda no número de casamentos, com 37,8% menor que a média histórica de celebrações no primeiro semestre, o número em 2021 mostra uma pequena recuperação em relação às celebrações. Até junho deste ano os Cartórios celebraram 5.559 casamentos civis, número 16,5% maior que os 4.772 matrimônios realizados no ano passado, mas ainda 42,2% menor que os 9.620 casamentos celebrados em 2019.

Sobre a Arpen/MA

Fundada em fevereiro de 2014, a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Maranhão (Arpen/MA) representa os titulares cartórios de Registro Civil, que atendem a população nos municípios do Estado do Maranhão. É no Registro Civil que são realizados os principais atos da vida civil de uma pessoa, a exemplo do registro de nascimento, casamento, emancipação e óbito.

Assessoria de Imprensa da Arpen/Maranhão
Assessores de Comunicação

Categoria: Notícias

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